segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O medo de dentista dos pais pode passar para os filhos



O medo de dentista dos pais pode passar para os filhos

Um pai que tem medo de ir ao dentista é propenso a transmitir seu medo para os filhos, dizem pesquisadores espanhóis.
Embora os pesquisadores na Universidade do Rei Juan Carlos de Madrid digam que estudos anteriores identificaram uma associação entre os níveis de medo de pais e filhos, nenhum outro estudo concentrou-se nos diferentes papeis de mães e pais na transmissão de medo de dentista aos filhos.
Num estudo publicado no International Journal of Paediatric Dentistry, cientistas pesquisaram 183 crianças de Madri com idades variando entre 7 e 12 anos, e também seus pais. As famílias receberam questionários anônimos que pediam aos participantes para classificar o medo em 15 itens relacionados à odontologia e a outros assuntos médicos.
Os cientistas tinham duas hipóteses: quanto maior o medo de dentista de um membro da família, maior será o medo transmitido ao seu filho, pelo fato de ter grande influência no medo dos filhos.
Os dados mostram que as mães reportaram os mais altos níveis de medo de dentista, confirmando assim a primeira hipótese.
Concluíram também que os sentimentos dos pais a respeito de ir ao dentista têm um papel fundamental para determinar se o medo de dentista da mãe será transmitido para os seus filhos. 
“Embora os resultados devam ser interpretados com o devido cuidado, as crianças parecem prestar atenção às reações emocionais dos pais ao decidir se as situações no dentista são realmente estressantes”, diz a coautora do estudo, Professora America Lara-Sacido.
A Professora America Lara-Sacido diz que os resultados apontam a necessidade dos dentistas reduzirem o medo dos pais fornecendo-lhes informações precisas sobre os tratamentos odontológicos, técnicas simples de relaxamento ou abordando os pensamentos negativos para evitar a transmissão dos medos para os filhos.
“No que diz respeito à assistência na clínica odontológica, o trabalho com os pais é a chave”, diz a Prof. Lara-Sacido. “Eles devem parecer relaxados como forma de garantir diretamente que o filho também esteja relaxado. Pelo contágio emocional positivo na família, a atitude correta pode ser alcançada pela criança, de forma que ir ao dentista não seja um problema”, ela diz.
MouthHealthy.org, o website da ADA (em inglês) para o consumidor, oferece orientações para os pais que levam o filho ao dentista pela primeira vez (htpp://www.mouthhealthy.org/en/babies-and-kids/healthy-habits/).
A ADA recomenda que a primeira consulta da criança com o dentista seja agendada seis meses depois que o primeiro dente irromper, porém, antes do aniversário de um ano.
“Não espere até eles entrarem na escola ou até surgir uma emergência. Acostume já seu filho com os bons hábitos de saúde bucal”, aconselha o website.
Embora a primeira consulta seja principalmente para o dentista examinar a boca da criança e verificar o crescimento e desenvolvimento, ela serve também para a criança sentir-se confortável com o consultório. Para que a consulta seja positiva, os pais devem:
  • Marcar a consulta no período da manhã, quando as crianças tendem a estar descansadas e tranquilas.
  • Guardar a ansiedade e preocupações para si mesmos. As crianças podem captar as emoções, portanto, os pais devem enfatizar o positivo.
  • Nunca usar a consulta com o dentista como punição ou ameaça.
  • Nunca suborne seu filho.
  • Conversar com seu filho sobre a consulta com o dentista.

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