segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Homens esquecem mais que mulheres?

foram inequívocos”, garante o professor Jostein Holmen, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU), em Trondheim. Os resultados foram publicados na revista “BMC Psychology” no final de 2013.

Holmen e seus colegas de trabalho fizeram nove perguntas sobre o quão bem as pessoas pensam que recordam, como parte de um estudo longitudinal de saúde da população conduzido na Noruega, chamado HUNT3.

O HUNT3 é um dos maiores estudos de saúde já realizados, com respostas de mais de 48 mil pessoas como parte do material de pesquisa. Os participantes foram questionados sobre a frequência com que tiveram problemas para se lembrar de coisas, se tiveram problemas para recordar nomes e datas, se sabiam o que fizeram há um ano e se eram capazes de se lembrar de detalhes de conversas. Os homens relataram mais problemas para 8 das 9 perguntas.

“Nós temos especulado muito sobre por que os homens relatam problemas de memória mais frequentemente do que as mulheres, mas não fomos capazes de encontrar uma explicação. Isso ainda é um mistério”, revela Holmen.



As mulheres têm os mesmos problemas em recordar que os homens, porém em menor grau. Nomes e datas também são mais difíceis de lembrar para as mulheres.

Mas estes problemas aceleram com a idade em muito menor escala do que os pesquisadores acreditavam antes. Pessoas esquecem na mesma quantidade, quer tenham 30 ou 50 anos de idade.

O estudo também mostra que as pessoas que são mais escolarizadas esquecem menos do que aqueles com menos educação. Além disso, indivíduos que sofrem de ansiedade ou depressão esquecem mais do que as outras pessoas fazem. Isto se confirma em pessoas de ambos os sexos.

Os cientistas também descobriram que os problemas de memória começam a acelerar em geral no grupo de 60 a 70 anos de idade.

Holmen quer ver se as pessoas que relataram problemas de memória em uma idade mais jovem estão em maior risco de desenvolver demência. “Essa foi a razão pela qual incluímos estas perguntas. É importante ressaltar que nós ainda não sabemos qual importância clínica têm esses problemas. Mas podemos entender isso melhor daqui a alguns anos. Problemas com a memória em uma idade mais jovem também podem não ter qualquer importância”, diz Holmen.

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