quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cemitério judeu em Curaçao com lápides de portugueses corre risco de desaparecer



Um dos mais antigos cemitérios judaicos das Américas Beth Haim, na ilha de Curaçao, nas Caraíbas, onde vários portugueses foram enterrados no passado, corre o risco de desaparecer devido a deteriorações e abandono.

O cemitério, que data de meados do século XVII, reúne lápides de judeus que fugiram da Inquisição em Portugal e Espanha, inicialmente para Amsterdão e depois para a pequena ilha das Caraíbas, então colónia holandesa, situada a norte da Venezuela.

O motivo da deterioração, segundo especialistas ouvidos pela agência AP, resulta da proximidade com o mar e da poluição produzida pela refinaria instalada próxima ao local.

“A erosão constante, provavelmente intensificada pela proximidade da refinaria, é considerada agora incontrolável”, afirmou Rene Maduro, presidente da Sinagoga Mikve Israel-Emanuel, responsável pelo cemitério.

Maduro acrescentou que a degradação “está para além do ponto de restauração”.

A congregação de Curaçao considera tentar preservar o cemitério de maneira eletrônica, com a criação de registos virtuais e fotos.

Estima-se que mais de 5.000 pessoas estejam enterradas no cemitério, cuja inscrição mais antiga data de 1668.

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