As valas abandonadas parecem depósito de entulho. No caso do Redentor, quem é enterrado no espaço público não tem nome e nem visitante. No cemitério da Saudade, o mais antigo da cidade, é comum ver rachaduras e sujeira deixada por pessoas. Um levantamento feito pela Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb) aponta que o número de túmulos abandonados no local é o maior na cidade.
A empresa avalia a possibilidade de retomar 22 jazigos. Segundo a empresa, os túmulos só são retomados quando há risco de acidentes.
Eliane Batista, recuperadora de crédito, conta que nunca viu uma imagem tão desoladora. “Tudo sujo, tudo jogado. Não é porque as pessoas não têm condição que não podem fazer uma limpeza”, afirma.
Maria dos Anjos conhece cada espaço do cemitério. Ela visita o lugar todos os dias há 40 anos e não tem medo de falar da irresponsabilidade de quem compra o lote, constrói o túmulo, mas não zela por ele. “Muitos estão muito estragados, abandonados. Tem de monte. A gente afunda o pé. Eu quase cai lá dentro ontem com a mulher porque tem muito buraco”, conta.
Em meio aos túmulos quase destruídos, além da reforma é preciso também responsabilidade. O arquiteto Edvaldo Canho avisa que cumpre o dever de cuidar dos jazigos. “A administração pública é limitada neste ponto. Ela não pode interferir numa propriedade que, querendo ou não, é privada”.
No caso do cemitério do Jardim Redentor, a Emdurb esclarece que a área pública receberá melhorias. Para evitar que os túmulos sejam retomados, as famílias precisarão apresentar à empresa projeto de reforma.
A Pax Real do Brasil não tolera este tipo de cuidado que muitos cemitérios tem. Cada local do Memoria Park é cuidado ao extremo!
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