Há pouco mais de um ano, uma tragédia mudou a vida da cuidadora de idosos Sandra Silva de Souza, 40 anos. Sua única filha,
Giovanna Souza Anconi, de apenas 15 anos,
morreu vítima de um aneurisma cerebral, que a família desconhecia até o momento em que ela passou mal na escola onde frequentava.
Mas a dor da perda da filha não impediu que a mãe realizasse um desejo dela em vida, a doação de seus órgãos. É para homenagear e incentivar gestos como esse que hoje se comemora o
Dia Nacional da Doação de Órgãos.
Sandra Silva de Souza faz campanha para incentivar a doação
Mas esse gesto da família de Sandra Souza ainda não é seguido pela maioria das pessoas que perde seus entes queridos por morte cerebral. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos,
63% dos familiares entrevistados em todo o Brasil negam a doação de órgão. Em Sorocaba, a situação não é diferente. Segundo último levantamento divulgado pela unidade regional do Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos (Spot),
nos cinco primeiros meses deste ano, de um total de 25 notificações de pacientes com morte encefálica, apenas em 12 casos houve autorização de familiares para a captação de órgãos para transplantes. No balanço geral do ano passado, a recusa de familiares teve um índice de negativas ainda maior.
Dos 119 pacientes diagnosticados com morte cerebral, apenas 41 tiveram a doação autorizada por familiares, sendo que destes 27 realmente puderam ser captados por estarem em condições de serem transplantados.
No primeiro semestre deste ano, houve 417 doadores de órgãos no Estado de São Paulo, gerando 41 transplantes de coração, 42 de pâncreas, 721 de rim, 260 de fígado e 28 de pulmão. Em 2011, o Estado de São Paulo teve 844 doadores de órgãos, gerando 69 transplantes de coração, 123 de pâncreas, 1.404 de rim, 587 de fígado e 31 de pulmão.
(Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul. Para ver a notícia completa, clique AQUI)
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