O medo de dentista ou, em alguns casos, a fobia de dentista, pode atrapalhar a qualidade de vida de crianças e adultos. Sem o tratamento bucal adequado, essas pessoas não contam com medidas preventivas e são mais propensas a terem doenças bucais.
Para enfrentar esse problema, o blog Medo de Dentista
(medodedentista.com.br) indica profissionais especializados em atender
pessoas com medo ou fobia. A cirurgiã-dentista, Ana Paula Pasqualin
Tokunaga, é a criadora da página explica que a ideia foi descomplicar a
odontologia. “Percebo que boa parte do medo é consequência direta da
falta de informação, e quanto mais complicado e formal for um texto
falando de um assunto ‘chato’, menos as pessoas prestam atenção”, diz.
Contra o medo: prevenção
Crianças que nunca precisaram fazer uma restauração ou tratar um canal não têm medo de dentista. Para elas, é ele quem cuida dos dentes para não precisarem de tratamento, o que evita a necessidade do ‘motorzinho’. “Sob esse ponto de vista, o dentista é um amigo, pra quê ter medo dele? Aí entra a responsabilidade dos pais de, além de levarem os filhos ao dentista periodicamente e desde cedo, manter a higienização adequada dos dentinhos de leite”, diz Tokunaga.
Crianças que nunca precisaram fazer uma restauração ou tratar um canal não têm medo de dentista. Para elas, é ele quem cuida dos dentes para não precisarem de tratamento, o que evita a necessidade do ‘motorzinho’. “Sob esse ponto de vista, o dentista é um amigo, pra quê ter medo dele? Aí entra a responsabilidade dos pais de, além de levarem os filhos ao dentista periodicamente e desde cedo, manter a higienização adequada dos dentinhos de leite”, diz Tokunaga.
Quanto mais cedo, melhor
Quando as crianças são levadas ao dentista desde cedo, muitas vezes ainda bebês, o consultório se torna algo familiar, que faz parte da vida delas. Essas crianças não têm motivo para ter medo. Já crianças mais velhas, que têm contato com o dentista pela primeira vez depois dos 5 ou 6 anos, costumam carregar consigo uma ideia pré-concebida da consulta no dentista. “Geralmente essa ideia tem relação direta com a percepção que os pais têm do atendimento odontológico”, afirma a especialista.
Quando as crianças são levadas ao dentista desde cedo, muitas vezes ainda bebês, o consultório se torna algo familiar, que faz parte da vida delas. Essas crianças não têm motivo para ter medo. Já crianças mais velhas, que têm contato com o dentista pela primeira vez depois dos 5 ou 6 anos, costumam carregar consigo uma ideia pré-concebida da consulta no dentista. “Geralmente essa ideia tem relação direta com a percepção que os pais têm do atendimento odontológico”, afirma a especialista.
Na hora do escândalo
Quando a criança esperneia, chora e berra no pediatra, para cortar o cabelo, escovar os dentes, cortar as unhas, é possível que tenha um comportamento semelhante no dentista. Por isso, é importante relatar esses fatos ao profissional para evitar que a hora do escândalo chegue.
Quando a criança esperneia, chora e berra no pediatra, para cortar o cabelo, escovar os dentes, cortar as unhas, é possível que tenha um comportamento semelhante no dentista. Por isso, é importante relatar esses fatos ao profissional para evitar que a hora do escândalo chegue.
Caso esse momento tenha sido inevitável, o dentista deve
avaliar se consegue concluir o procedimento ou se deve interromper a
sessão. “É preciso considerar que, ao interromper a sessão diante do
comportamento inadequado, corre-se o risco de aumentar a resistência da
criança para a próxima sessão, mas atender uma criança que está com
medo, sem manejar adequadamente esta situação, não é uma boa”, diz a
odontopediatra, Rosana de Fatima Possobon, professora da Faculdade de
Odontologia da Unicamp.
Segundo Ana Paula, muitas vezes, o que faz com que a
criança tenha um comportamento mais difícil é a presença do pai ou da
mãe ao lado durante o atendimento. “Talvez a melhor estratégia seja
pedir que os pais se retirem pelo menos até que a criança entenda que o
dentista está ali para ajudar e que seja estabelecida uma relação de
confiança”, diz.
Para a psicóloga, Miriam Barros, psicoterapeuta de
crianças, adolescentes, casal e família, os pais devem tentar convencer o
filho a fazer uma coisa de cada vez. Deixá-lo olhar os instrumentos,
brincar com a cadeira, se preciso o pai pode sentar na cadeira para que o
dentista mostre na boca dele o que fará na da criança. “Obrigar e
forçar pode criar resistências ainda maiores, alguns dentistas usam o
reforço positivo, dando um brinde para a criança no final da consulta”,
diz.
Odontopediatra
Qualquer dentista, por formação, está apto a atender crianças. Mas muitos profissionais não gostam, não se sentem preparados para isso, ou simplesmente não se estabelece o vínculo de confiança necessário entre a criança e o dentista. “Nesses casos, o odontopediatra tem formação específica no trato com os pequenos e dispõe de várias técnicas que certamente serão úteis pra atender crianças mais difíceis”, afirma Tokunaga.
Qualquer dentista, por formação, está apto a atender crianças. Mas muitos profissionais não gostam, não se sentem preparados para isso, ou simplesmente não se estabelece o vínculo de confiança necessário entre a criança e o dentista. “Nesses casos, o odontopediatra tem formação específica no trato com os pequenos e dispõe de várias técnicas que certamente serão úteis pra atender crianças mais difíceis”, afirma Tokunaga.
Para a odontopediatra, Márcia Vasconcelos, consultora
científica da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), o
odontopediatra é qualificado para identificar o tipo de medo e utilizar
as técnicas de condicionamento que melhor seja adequada para a atitude
da criança. “É necessário identificar se o comportamento negativo da
criança é por birra ou medo. No caso do medo, terá que identificar se é
por causa de uma experiência anterior negativa ou é pelo chamado ‘medo
do desconhecido’”, diz.
Truques
Nada melhor para distrair uma criança do que brincadeiras. Assim, é essencial que o atendimento tenha um componente lúdico, músicas, desenhos. “Analogias para que a criança entenda o que o dentista está fazendo são muitos úteis, como a "picada da formiguinha" (anestesia) ou o "bichinho que comeu o dente" (cárie)”, diz Ana Paula.
Nada melhor para distrair uma criança do que brincadeiras. Assim, é essencial que o atendimento tenha um componente lúdico, músicas, desenhos. “Analogias para que a criança entenda o que o dentista está fazendo são muitos úteis, como a "picada da formiguinha" (anestesia) ou o "bichinho que comeu o dente" (cárie)”, diz Ana Paula.
É importante, também, estar atualizado em relação às
referências do universo infantil, o desenho animado preferido de meninos
e meninas, por exemplo. O próprio instrumental pode assumir um caráter
divertido, dependendo da criatividade do dentista. “O importante é que a
criança se sinta parte importante do atendimento, no papel de
ajudante”, afirma a especialista que garante que recompensas pelo bom
comportamento também costumam ser bem aceitas, como adesivos e pequenos
brinquedos.
Dê o exemplo
Pais que têm medo de dentista costumam transferir esse medo aos filhos, muitas vezes mesmo sem querer. Frases como ‘não vai doer nada’ e ‘não precisa ter medo’ já servem como gatilho para a criança. Alguns pais também usam o dentista como punição: ‘o dentista vai lhe dar uma injeção enorme se você não se comportar’. “É uma inversão total do significado da atenção odontológica, que visa cuidar, e não punir”, diz Ana Paula.
Pais que têm medo de dentista costumam transferir esse medo aos filhos, muitas vezes mesmo sem querer. Frases como ‘não vai doer nada’ e ‘não precisa ter medo’ já servem como gatilho para a criança. Alguns pais também usam o dentista como punição: ‘o dentista vai lhe dar uma injeção enorme se você não se comportar’. “É uma inversão total do significado da atenção odontológica, que visa cuidar, e não punir”, diz Ana Paula.
É importante fazer comentários agradáveis sobre esta situação, falar como é importante tratar os dentes e se mostrar calmo e confiante no consultório. “O profissional deve instruir os pais sobre como preparar a criança para a consulta e estabelecer um vínculo com a família, especialmente com a pessoa que acompanhará a criança nas sessões, para que possam atuar em conjunto para o bem estar do pequeno paciente”
Fonte : Terra
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