Nesta quarta-feira é comemorado o aniversário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), considerado a maior expressão poética brasileira do século 20, e autor mais cobrado nas provas do Enem, de acordo com levantamento feito pela Universia Brasil.
Drummond é autor de mais de 60 obras, entre elas contos, poesias, crônicas, histórias infantis e artigos. Para entendê-lo, explica o professor de literatura do Cursinho Oficina do Estudante, Charles Casemiro, é necessário pensar no neorrealismo, fase da literatura brasileira que foi marcada pelo realismo absoluto e negação do lirismo e emoção gratuita.
A obra de Drummond é tradicionalmente dividida em quatro fases: a fase gauche (consciência e isolamento), fase social, fase filosófica/ nominal e a fase final, também conhecida como fase de memórias ou uma síntese das anteriores. Para Casemiro, a fase social, que se passou durante o Estado Novo (1937 - 1945) da Era Vargas, é a mais cobrada no Enem. “A Rosa do Povo”, “Sentimento do mundo”, e “Alguma Poesia” estão entre as mais frequentes.
Nas obras de Drummond há um conflito grande e constante entre a imagem do Brasil do passadismo, anterior à Era Vargas, e a oposição a um Brasil que se modernizou e organizou. “O autor fala muito no Brasil do passado e o novo”, esclarece Charles. Além de discutir a Era Vargas, Drummond também fala sobre a Segunda Guerra Mundial e suas decorrências.
Em suas obras, o poeta está constantemente preocupado com o ser humano, especialmente o brasileiro, e seu lugar/espaço no mundo. Para tratar sobre temas como esse, Drummond se apoia em seu engajamento ao marxismo e socialismo.
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
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